Casos de Covid-19 no Amapá ocorrem mais entre os 20 e 59 anos
Até o dia 3 de maio, o total de casos confirmados de Covid-19 no Amapá era de 1.482. A maior frequência de infecção estava entre pessoas de 20 a 59 anos - que correspodem a 85% dos infectados.
Nesta faixa-etária está a população economicamente ativa e que, portanto, tem maiores chances de não cumprir o isolamento social - principal medida de prevenção à covid-19.
As informações são de estudos da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS).
Os casos de óbitos também se concentram nessa parcela da população. Dos 43 óbitos registrados até o dia 3 de maio, 22 estavam na faixa etária de 20 a 59 anos, ou seja, 52% do total das vítimas fatais.
Estes dados contradizem a concepção de que a doença se agrava apenas em idosos a partir de 60 anos.
O superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia, afirma que a incidência da doença entre os 20 e 59 anos é reflexo da falta de cumprimento do isolamento social.
“Essa faixa-etária é do público economicamente ativo, e por algum motivo não cumpre o isolamento social, se expondo mais e sendo mais infectado. Com a grande maioria dos casos nessa faixa, a letalidade também se manifestou aí. As conclusões são duas: todo mundo tem que se cuidar, independente da idade e todos devem respeitar as orientações de segurança e a quarentena", afirmou Malafaia.
Incidência
A incidência de casos do Estado no Amapá é alta, atualmente a maior do país a cada 100 mil habitantes. Um dos fatores para isso, pode ser, também, a alta testagem que o Amapá tem conseguido fazer em relação a outras unidades da federação.
Testar mais que a média nacional, diminui a subnotificação. Em Macapá, no último domingo, 3, a média estava de 218,4 casos a cada 100mil habitantes. Em Santana, foi de 218,8 casos a cada 100 mil. A média do Amapá como um todo, é de 178,7 para 100 mil habitantes.
Testagem
A maioria dos testes são feitos através de análise biomolecular no Laboratório Central (Lacen). O Governo do Amapá também contratou um laboratório particular e , segue enviando, semanalmente, amostras para análise no Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém do Pará, para dar maior vazão e diminuir o tempo de espera para os resultados laboratoriais.
O lacen tem uma média de 90 amostras analisadas todos os dias, e 630 por semana. O suporte dado pelo laboratório particular chega a 20 análises diárias e 140 semanalmente.
Já ao Instituto Evandro Chagas, são enviadas para análise 800 amostras por semana.
O número de testes realizados pelo estado é alto, em relação ao número de habitantes. São Paulo, por exemplo, estado mais populoso da nação, realiza diariamente 200 testes
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